canção popular catalã
En aquesta illa tan pobra
es que la van governant
tallen per allí on volen
i es queden sa mellor part; (bis)
i a Madrid fan festes grosses
amb lo que es va recaudant: (bis)
tot són cotxes i carrosses,
diputats i generals, (bis)
i es que neix pobre, que es morga
sense un dia de descans
En aquesta illa tan pobra
es que la van governant
[uma versão de 1976 pode ser ouvida aqui]
domingo, 10 de maio de 2015
Mininu abre si boka inocenti
título original é «Mininu Putam» (1974)
de José Carlos Schwarz, músico, escritor e poeta guineense
Mininu i abre si boca inocenti
I puntam iaia keki liberdade
nha corçon findim n'panta
n'burgunho ceta cuma n'casibi
Ma i puntam inocenti keki liberdade
Ma i puntam inocenti keki liberdade
lalala
pam pam pam
Mininu iabre si boca inocenti
I puntam iaia keki liberdade
n'cambantal conbersa n'desan
n'falaah mininu pa i djuga bolaah
Ma i puntam inocenti keki liberdade
Ma i puntam inocenti keki liberdade
lalala
pam pam pam
[tradução:
Menino abriu a sua boca inocente
perguntou-me o que é a liberdade
Senti um aperto no coração,
fiquei com vergonha de aceitar que não sabia
Mas perguntou-me inocente o que é a liberdade
Mas perguntou-me inocente o que é a liberdade
Menino abriu a sua boca inocente
perguntou-me o que é a liberdade
Dei-lhe a volta à conversa
Disse-lhe para ir jogar à bola
Mas perguntou-me inocente o que é a liberdade
Mas perguntou-me inocente o que é a liberdade]
Mininu abri si boka
Nosenti
I falan: baba, Ke ke i liberdadi?
Nha lorson findin
N panta
N falu: mininu,
Bai djuga bola
Ma i puntan nosenti
Nosenti
Ke ke i liberdadi?
N kambantal kombersa
Ndesan
Kuma n ka sibi
Ma i puntan nosenti
Nosenti
Ke ke i liberdadi?
de José Carlos Schwarz, músico, escritor e poeta guineense
Mininu i abre si boca inocenti
I puntam iaia keki liberdade
nha corçon findim n'panta
n'burgunho ceta cuma n'casibi
Ma i puntam inocenti keki liberdade
Ma i puntam inocenti keki liberdade
lalala
pam pam pam
Mininu iabre si boca inocenti
I puntam iaia keki liberdade
n'cambantal conbersa n'desan
n'falaah mininu pa i djuga bolaah
Ma i puntam inocenti keki liberdade
Ma i puntam inocenti keki liberdade
lalala
pam pam pam
[tradução:
Menino abriu a sua boca inocente
perguntou-me o que é a liberdade
Senti um aperto no coração,
fiquei com vergonha de aceitar que não sabia
Mas perguntou-me inocente o que é a liberdade
Mas perguntou-me inocente o que é a liberdade
Menino abriu a sua boca inocente
perguntou-me o que é a liberdade
Dei-lhe a volta à conversa
Disse-lhe para ir jogar à bola
Mas perguntou-me inocente o que é a liberdade
Mas perguntou-me inocente o que é a liberdade]
Mininu abri si boka
Nosenti
I falan: baba, Ke ke i liberdadi?
Nha lorson findin
N panta
N falu: mininu,
Bai djuga bola
Ma i puntan nosenti
Nosenti
Ke ke i liberdadi?
N kambantal kombersa
Ndesan
Kuma n ka sibi
Ma i puntan nosenti
Nosenti
Ke ke i liberdadi?
Soldado
canção incluída no 1.º álbum da banda, Sitiados (1992)
versão do coro da Achada dedicada a MK
Ai, esta eterna guerra
Ai, que me obriga a ser soldado
Já vejo a bandeira erguida
Já sinto a dor companheira
Ai, neste mar fico tão só
Por este mar
Liberdade onde vais?
Liberdade onde cais?
Esta luta é por te amar
Ai, este soldado que cerco
Ai, este soldado sou eu, sou eu!
Nos olhos a mesma dor
No peito um medo igual
Ai, sinto queimar este fogo, dentro de mim!
Liberdade onde vais?
Liberdade onde cais?
Esta luta é por te amar
Este sangue é por te amar
É por te amar
Cidade
texto: excerto de um poema de Mário Dionísio, «Cidade», de As solicitações e emboscadas, 1945
música: Len. H. Chandler («Run come see the sun»)
Cidade deserta
tão cheia de gente
a tantos aberta
a tantos ausente
dei o coração
não me fiz rogado
encontrei na mão
um vidro pintado
Cidade deserta
tão cheia de gente
a máscara aberta
o coração ausente
(Cidade...)
música: Len. H. Chandler («Run come see the sun»)
Cidade deserta
tão cheia de gente
a tantos aberta
a tantos ausente
dei o coração
não me fiz rogado
encontrei na mão
um vidro pintado
Cidade deserta
tão cheia de gente
a máscara aberta
o coração ausente
(Cidade...)
Nas nossas mãos
Junho de 2014 - pelos 5 anos do coro da Achada
letra de Pedro e Francisco
Nas nossas mãos
O mundo não lhes pertence
Quem se levanta
Veremos quem vence
Se os oprimidos se organizam
Podem quebrar as correntes
Onde um escravo, de pé, disser que não
Vamos cantar milhões
Nas nossas costas
Estes patifes
Espatifam tudo
Roubam os bifes
Se os oprimidos se organizam
Podem quebrar as correntes
Onde um escravo, de pé, disser que não
Vamos cantar milhões
Nos nossos olhos
Outro horizonte
Vemos o rio
Fazemos a ponte
Se os oprimidos se organizam
Podem quebrar as correntes
Onde um escravo, de pé, disser que não
Vamos cantar milhões
Nos nossos pés
Este caminho
Na terra inteira
Passo insubmisso
Se os oprimidos se organizam
Podem quebrar as correntes
Onde um escravo, de pé, disser que não
Vamos cantar milhões
Vem para a rua
Não esperes nem mais um minuto em submissão
Vem para a rua
E parte a corrente de ferro da tua opressão
Vem para a rua
E liberta o fogo que queima o teu coração
Vem para a rua
E parte a corrente e forja a libertação
letra de Pedro e Francisco
Nas nossas mãos
O mundo não lhes pertence
Quem se levanta
Veremos quem vence
Se os oprimidos se organizam
Podem quebrar as correntes
Onde um escravo, de pé, disser que não
Vamos cantar milhões
Nas nossas costas
Estes patifes
Espatifam tudo
Roubam os bifes
Se os oprimidos se organizam
Podem quebrar as correntes
Onde um escravo, de pé, disser que não
Vamos cantar milhões
Nos nossos olhos
Outro horizonte
Vemos o rio
Fazemos a ponte
Se os oprimidos se organizam
Podem quebrar as correntes
Onde um escravo, de pé, disser que não
Vamos cantar milhões
Nos nossos pés
Este caminho
Na terra inteira
Passo insubmisso
Se os oprimidos se organizam
Podem quebrar as correntes
Onde um escravo, de pé, disser que não
Vamos cantar milhões
Vem para a rua
Não esperes nem mais um minuto em submissão
Vem para a rua
E parte a corrente de ferro da tua opressão
Vem para a rua
E liberta o fogo que queima o teu coração
Vem para a rua
E parte a corrente e forja a libertação
Bardamerkel
(do pobre Beethoven)
Bardamerkel
bardamerkel
bardamerkel
bardamer...
... da finança é marioneta
lacaia do capital
bardamerkel
bardamerkel
essas contas cheiram mal
do banqueiro é amiguinha
ai a santa austeridade
bardamerkel
bardamerkel
erro de contabilidade
o cavaco faz-lhe uma vénia
dá-lhe prendas de natal
bardamerkel
bardamerkel
autoclismo é essencial
ei-lo agora D. Coelhinho
primeiro de portugal
bardamerkel
bardamerkel
de joelhos serviçal
vens-me ao bolso, apertas-me o cinto
e já se vê o fundo ao tacho
bardamerkel
bardamerkel
acho que vais água abaixo
pensámos fazer-te uma vaia
mas talvez o avião caia
bardamerkel
bardamerkel
não somos da tua laia
pró coelho uma cenoura
e o chicote anda de fraque
bardamerkel
bardamerkel
tu não vales mais que um traque
ela passa aqui de visita
faz a notícia do jornal
bardamerkel
bardamerkel
sê mal vinda ao curral
Bardamerkel
bardamerkel
bardamerkel
bardamer...
... da finança é marioneta
lacaia do capital
bardamerkel
bardamerkel
essas contas cheiram mal
do banqueiro é amiguinha
ai a santa austeridade
bardamerkel
bardamerkel
erro de contabilidade
o cavaco faz-lhe uma vénia
dá-lhe prendas de natal
bardamerkel
bardamerkel
autoclismo é essencial
ei-lo agora D. Coelhinho
primeiro de portugal
bardamerkel
bardamerkel
de joelhos serviçal
vens-me ao bolso, apertas-me o cinto
e já se vê o fundo ao tacho
bardamerkel
bardamerkel
acho que vais água abaixo
pensámos fazer-te uma vaia
mas talvez o avião caia
bardamerkel
bardamerkel
não somos da tua laia
pró coelho uma cenoura
e o chicote anda de fraque
bardamerkel
bardamerkel
tu não vales mais que um traque
ela passa aqui de visita
faz a notícia do jornal
bardamerkel
bardamerkel
sê mal vinda ao curral
Libertà (agora continuamos...)
letra de Leo com versos roubados a Giorgio Gaber
(da canção Libertà do álbum Dialogo tra un impegnato e un non so, 1972)
Agora continuamos com a próxima canção
quebrando as molduras do padrão convencional
que atribui ao ocidente uma grande evolução
depois de Mussolini, Hitler, Stalin e Salazar.
Beber, rezar, beijar:
yes you can, qui si può fare!
Tomam forma consistente as ilusões
Como um cão que corre pronto todas as vezes que o chamamos
Anda cá/Libertà (x8)
La libertà non è star sopra un albero,
non è neanche avere un’opinione,
la libertà non è uno spazio libero,
libertà è partecipazione.
La libertà non è star sopra un albero,
non è neanche il volo di un moscone,
la libertà non è uno spazio libero,
libertà è partecipazione.
(da canção Libertà do álbum Dialogo tra un impegnato e un non so, 1972)
Agora continuamos com a próxima canção
quebrando as molduras do padrão convencional
que atribui ao ocidente uma grande evolução
depois de Mussolini, Hitler, Stalin e Salazar.
Beber, rezar, beijar:
yes you can, qui si può fare!
Tomam forma consistente as ilusões
Como um cão que corre pronto todas as vezes que o chamamos
Anda cá/Libertà (x8)
La libertà non è star sopra un albero,
non è neanche avere un’opinione,
la libertà non è uno spazio libero,
libertà è partecipazione.
La libertà non è star sopra un albero,
non è neanche il volo di un moscone,
la libertà non è uno spazio libero,
libertà è partecipazione.
Tens medo de ser
letra de Cláudia Oliveira (2013)
a partir de "Como um sonho acordado" de Fausto
álbum Por este rio acima, 1982
Tens medo de ser
dispensado, sem contrato,
recibo verde ou aprazado,
em todo o caso um pau mandado
trabalhas depois da hora
e não dizes o que sentes
então mentes
Tens medo dos vivos
e dos mortos decepados
pelos pés e pelas mãos
e p'lo pescoço e pelos peitos
até ao fio do lombo
como te tremem as carnes
Fernão Mendes
a partir de "Como um sonho acordado" de Fausto
álbum Por este rio acima, 1982
Tens medo de ser
dispensado, sem contrato,
recibo verde ou aprazado,
em todo o caso um pau mandado
trabalhas depois da hora
e não dizes o que sentes
então mentes
Tens medo dos vivos
e dos mortos decepados
pelos pés e pelas mãos
e p'lo pescoço e pelos peitos
até ao fio do lombo
como te tremem as carnes
Fernão Mendes
Deus lhe pague
letra de Chico Buarque, música de Chico Buarque e Rogério Duprat
do álbum "Construção", 1971
(arranjo para o coro da Achada de João Caldas)
Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague
Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague
Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair
Deus lhe pague
Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague
do álbum "Construção", 1971
(arranjo para o coro da Achada de João Caldas)
Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague
Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague
Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair
Deus lhe pague
Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague
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