José Afonso
(Canção do disco "Fura Fura", 1978)
De não saber o que me espera
Tirei à sorte a minha guerra
Recolhi sombras onde vira
Luzes de orvalho ao meio-dia
Vítima de só haver vaga
Entre uma mó e uma espada
Mas que maneira bicuda
De ir à guerra sem ajuda
Viemos pelo sol nascente
Vingámos a madrugada
Mas não encontramos nada
Sol e água sol e água
De linhas tortas havia
Um pouco de maresia
Mas quem vencer esta meta
Que diga se a linha é recta
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Chora a videira
Canção da Beira Baixa
O pau da vide chora
Que lhe cortaram a mãe
Chora a videira
Chora o limão
Chora a videirinha
Não chora não
Ó videira dá-me um cacho
Ó cacho dá-me um baguinho
Chora a videira
Chora o limão
Chora a videirinha
Não chora não
Vós dizeis aparta aparta
O vinho tinto do branco
Chora a videira
Chora o limão
Chora a videirinha
Não chora não
Também a mim me apartaram
De quem eu gostava tanto
Chora a videira
Chora o limão
Chora a videirinha
Não chora não
O pau da vide chora
Que lhe cortaram a mãe
Chora a videira
Chora o limão
Chora a videirinha
Não chora não
Ó videira dá-me um cacho
Ó cacho dá-me um baguinho
Chora a videira
Chora o limão
Chora a videirinha
Não chora não
Vós dizeis aparta aparta
O vinho tinto do branco
Chora a videira
Chora o limão
Chora a videirinha
Não chora não
Também a mim me apartaram
De quem eu gostava tanto
Chora a videira
Chora o limão
Chora a videirinha
Não chora não
Can de palleiro
Canção de Bibiano (1976)
¡Ai!, rabioso e vello
Can de palleiro
¡Ai!, rabioso e vello
Can de palleiro
Daste conta de
Que vas morrer
E non poderás pegar
E non poderás morder
Os teus podridos dentes
Xa ves caer
Os teus podridos dentes
Xa ves caer
Caer un tras doutro
Xa ves caer
Está caendo toda
A túa dentadura
Está caendo toda
A túa dentadura
Túa forte dentadura
Virase abaixo
Abaixo a dentadura
Abaixo a dentadura
Ai raivoso e velho
Cão rafeiro
Ai raivoso e velho
Cão rafeiro.
Dás-te de conta
Que vais morrer
E não poderás pegar
E não poderás morder
Os teus apodrecidos dentes
Já vês cair
Os teus apodrecidos dentes
Já vês cair
Cair um atrás do outro
Já vês cair
Está caindo toda
A tua dentadura
Está caindo toda
A tua dentadura
Tua forte dentadura
Deita-se abaixo
Abaixo a dentadura
Abaixo a dentadura
¡Ai!, rabioso e vello
Can de palleiro
¡Ai!, rabioso e vello
Can de palleiro
Daste conta de
Que vas morrer
E non poderás pegar
E non poderás morder
Os teus podridos dentes
Xa ves caer
Os teus podridos dentes
Xa ves caer
Caer un tras doutro
Xa ves caer
Está caendo toda
A túa dentadura
Está caendo toda
A túa dentadura
Túa forte dentadura
Virase abaixo
Abaixo a dentadura
Abaixo a dentadura
Ai raivoso e velho
Cão rafeiro
Ai raivoso e velho
Cão rafeiro.
Dás-te de conta
Que vais morrer
E não poderás pegar
E não poderás morder
Os teus apodrecidos dentes
Já vês cair
Os teus apodrecidos dentes
Já vês cair
Cair um atrás do outro
Já vês cair
Está caindo toda
A tua dentadura
Está caindo toda
A tua dentadura
Tua forte dentadura
Deita-se abaixo
Abaixo a dentadura
Abaixo a dentadura
E o asfalto é tão largo
letra: Miguel Castro Caldas
música: Coro da Achada
E agora estamos aqui
na avenida da república
oito faixas de rodagem
nos separam da outra margem
o sinal vai ficar verde
e nós podemos passar
mas temos de nos despachar
porque depois fecha
e os carros vão avançar
e o asfalto é tão largo é tão largo
do verde
para o vermelho
e depois volta para o verde
mas eu cá pensava
que as avenidas novas
eram novas mas olha
afinal já são velhas
e é tão largo tão largo tão largo
o sinal vai para pior
e eu fui desta para melhor
estou muito mal empregado
tratado assim como gado
vou esperar mais um minuto
mas depois em vez de atravessar
vou ficar no meio a conversar
e agora estamos aqui
na avenida da liberdade
são cem metros de comprido
que podem ter um sentido
com licença com licença
tenho a vida para viver
os donos do momento
somos nós e não o vento
e o asfalto é tão largo é tão largo
amor avenidas novas
praça de Londres a arder
música: Coro da Achada
E agora estamos aqui
na avenida da república
oito faixas de rodagem
nos separam da outra margem
o sinal vai ficar verde
e nós podemos passar
mas temos de nos despachar
porque depois fecha
e os carros vão avançar
e o asfalto é tão largo é tão largo
do verde
para o vermelho
e depois volta para o verde
mas eu cá pensava
que as avenidas novas
eram novas mas olha
afinal já são velhas
e é tão largo tão largo tão largo
o sinal vai para pior
e eu fui desta para melhor
estou muito mal empregado
tratado assim como gado
vou esperar mais um minuto
mas depois em vez de atravessar
vou ficar no meio a conversar
e agora estamos aqui
na avenida da liberdade
são cem metros de comprido
que podem ter um sentido
com licença com licença
tenho a vida para viver
os donos do momento
somos nós e não o vento
e o asfalto é tão largo é tão largo
amor avenidas novas
praça de Londres a arder
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