Canto do povo de um lugar
Caetano Veloso (álbum Jóia, 1975)
nota: a letra está de acordo com o publicado no encarte do disco original
Todo o dia o sol levanta
E a gente canta ao sol de todo o dia
Finda a tarde a terra cora
E a gente chora porque finda a tarde
Quando a noite a lua mansa
E a gente dança venerando a noite
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Canto do povo de um lugar
Saluteremo il signor padrone
Saluteremo il signor padrone versão de Giovanna Daffini e Vittorio Carpi - Saluteremo il Signor Padrone Do disco Una Voce Un Paese (I Dischi Del Sole, 1967)
Saluteremo il signor padrone Per il male che ci ha fatto Che ci ha sempre maltrattato Fino all'ultimo momen' Saluteremo il signor padrone Per la sua risera neta Pochi soldi in la casseta Ed i debiti a pagar Macchinista macchinista faccia sporca Metti l'olio nei stantuffi Di risaia siamo stufi Di risaia siamo stufi Macchinista macchinista faccia sporca Metti l'olio nei stantuffi Di risaia siamo stufi A casa nostra vogliamo andar Con un piede con un piede sulla staffa E quell'altro sul vagone Ti saluto cappellone Ti saluto cappellone Con un piede con un piede sulla staffa E quell'altro sul vagone Ti saluto cappellone A casa nostra vogliamo andarDespedida
Despedida
poema de Valentim Alexandre (Agosto de 2025)
música de Pedro Rodrigues
Não quero mais sentir como apodrecem
as raízes do sonho e da razão
não quero mais ouvir como regressam
os uivos dos que matam sem perdão
não quero mais provar o trago amargo
que me dão a beber todos os dias
não quero mais dormir sobre o remorso
que não é meu mas dorme no meu dorso
não quero mais olhar as mansas rias
coalhadas de cisco e de cimento
e as gaivotas cuspindo o seu lamento
nas vagas devastadas pelo vento
é tempo de pôr fim à longa ausência
no navio que me trouxe no porão
retorno sem bandeira e sem pendão
à ilha onde vivi a minha infância
um boné de pala sobre o mundo
colagem de um poema e excerto de outro de O riso dissonante, de Mário Dionísio (1950)
música: Pedro Rodrigues
(dito:)
um boné de
pala sobre o mundo
hirto de sombra iluminado
lança uma flor de
arremesso nítida
erguendo bairros de frescor
com as blusas
manchadas com as mãos manchadas
com o riso e a voz para sempre
manchados
(uma voz:)
homens áfonos soltam o prenúncio
da
alegria do tempo inevitável
falo e não falo oiço
oiço
e não oiço penso
penso e não penso sofro
sofro e não sofro
canto
canto em surdina espantos
Stoyit’ Hora Kruta
Stoyit’ Hora Kruta
Stoyit' hora kruta, hora vysokaia
Nyekto tam ne buvav, nyekto tam ne letav
Okrome sokola. (x2)
Poidu do hir krutyk, popelachu tame sama
Spyetaiu sokola, spyetaiu syezoho
De bachev myeloho. (x2)
Okte diveche nonheko, ya tobi take skadju
Nochu oddekaiu, a dnom ne lyetaiu
Nichoho ne znaiu. (x2)
Yakay nesha senaia, yaya zabelu delasia
Nemaie myeloho, moho kokanoho
Yomu sudelasia (x2)
Poke te dje vyesoko, proshu numa tevoho
Prynesy vestochko meni veseluiu
Od myeloho je moho (x2)
Okte diveche nonheko ne djde, djeve da odna
Nemaie myeloho, moho kokanoho,
Yoho djevoi nema (x2)
Há uma montanha íngreme, uma montanha alta
Jamais alguém esteve lá, jamais alguém voou até lá
Exceto um falcão. (2x)
Irei para os montes íngremes, chorarei lá sozinha
Perguntarei ao falcão, perguntarei ao pássaro azul
Viste o meu namorado? (2x)
Oh, minha menina, vou-te dizer
Eu voei à noite, mas não voei de dia
Não sei de nada. (2x)
Que tristeza, que perda
Não há aqui nenhum namorado, meu doce
É o que me parece. (2x)
Enquanto estás aí no alto, imploro-te
Traz-me notícias alegres
Do meu querido amado. (2x)
Oh, minha menina, não chores, deita-te sozinha
Já não há namorado, o teu amado
Já não está vivo. (2x)