Letra e música: José Afonso
Álbum: Eu vou ser como a toupeira
Ano: 1972
Eu vou ser como a toupeira
Que esburaca
Penitência, diz a hidra
Quando há seca
Eu vou ser como a gibóia
Que atormenta
Nao há luz que não se veja
Da charneca
E não me digas que agora
Estás à espera
Penitência diz a hidra
Quando há seca
E se te enfias na toca
És como ela
Quero-me à minha vontade
Não na tua
O hidra, diz-me a verdade
Nua e crua
Mais vale dar numa sarjeta
Que na mão
De quem nos inveja a vida
E tira o pão
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