Letra e música em basco: Mikel Laboa
Versão francesa: Coro Si Bemol et 14 Demis
Poema: Mário Dionísio, Memória dum pintor desconhecido (1965)
Hegoak ebaki banizkio,
neria izango zen,
ez zuen alde egingo;
bainan, honela,
ez zen gedhiago txoria
izango,
eta nik... txoria nuen maite.
Si je lui avais coupé les ailes
il aurait été à moi
il ne serait pas parti
oui mais voilà
il n’aurait plus été un oiseau
oui mais moi
c’est l’oiseau que j’aimais
Não queiras pôr a nuvem numa caixa transparente
ensinar-lhe as leis quotidianas
com quanto amor domesticá-la
Ela não fala
essa linguagem
Não tem lei nem morada
Uma secreta voz constantemente a chama
Amá-la é conservá-la aí nessa paragem
de instável segurança E se quiseres guardá-la
na doce paz comum tão diferente
da paz inquieta e sempre outra em que cintila
já não é a nuvem que tu amas
e mal sujeita ao clima estranho que a mutila
desfaz-se em água e some-se na terra transformada
em lama